segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Triste Sina...

Pois é! Mais um Agosto que acaba e um ano de trabalho que começa! Acabam as férias e perspectiva-se mais um ano de trabalho pela frente, mas, mais grave que isso, perspectiva-se, para muitos, um ano de afastamento e distância da nossa Região e da nossa Cidade - Bragança!
Infelizmente é assim! A falta de apostas na juventude, a inexistência de politicas municipais para integrarem os jovens e incentivarem a sua fixação no nosso concelho obrigam a que, inúmeros de nós se vejam forçados, contra a sua vontade a abandonar a cidade e o concelho que amamos!
É pena que assim seja, mas a completa marginalização a que os jovens foram votados pelo executivo camarário durante os últimos 12 anos, que coincidiram com os mandatos do Sr. Engº Jorge Nunes, as politicas que afastaram o investimento na região e impediram a criação de novos empregos, a crescente retirada de serviços e a falta de apostas em sectores de inovação que tornem a cidade atractiva assim o impõem!
Alguns dirão que foram feitos os empreendimentos de habitação a preços controlados para jovens, ou, mais recentemente, o loteamento no Bairro de São Tiago para construção da primeira habitação! Pois é! De facto foram, mas quantos jovens conseguem suportar as exigências deste loteamento! E de que serve a habitação, se não há emprego para a suportar! A politica de fachada continua, sempre em períodos eleitorais, tentando "atirar areia para os olhos dos jovens"!
A questão é: quantos jovens de Bragança quereriam, findo o seu curso superior, regressar para a sua cidade/concelho? Quantos jovens que vão para Bragança, frequentar as nossas Instituições de Ensino, nomeadamente o IPB, pretenderiam aí ficar e não podem, por falta de condições?
É pena que se ignore que os naturais da terra têm de a abandonar para estudar e nunca mais voltam, enquanto que os que para aqui vêem estudar, têm residência limitada ao tempo do estudo e abandonam a região mal concluem o seu curso superior!
Porque será? Será porque querem que assim seja, ou porque não vêem outra hipótese de encontrar trabalho/emprego adequado à sua formação e assim lograr um salário justo, suficiente para manter uma habitação e constituir família?!
Pois é... Triste sina a nossa... e lá vou eu ter de voltar a Lisboa!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Carta aberta ao presidente da CMB

Considerando a participação activa dos Jovens como um factor diferenciador e um acrescento fundamental na definição de prioridades, capazes de acrescer valor ao nosso espaço envolvente e que a Juventude em toda a sua plenitude e diversidade deve ser considerada na prossecução dos novos horizontes, a 28 de Abril de 2008 a Assembleia Municipal de Bragança aprovou uma Moção na qual se recomendava ao Executivo a criação de um Conselho Municipal de Juventude capaz de se constituir como um verdadeiro órgão consultivo da Câmara Municipal de Bragança, visando estimular a participação dos jovens na vida cívica, cultural e política do Município e proporcionar-lhes meios complementares para o estudo e debate sobre diversas temáticas que dizem respeito à juventude.

A recomendação para a criação do Conselho Municipal de Juventude, capaz de congregar as diversas associações juvenis visava propiciar aos jovens um fórum de discussão e emitir pareceres e recomendações de natureza não vinculativa, sobre todas as questões que digam respeito à Juventude do Município de Bragança e estudar, debater, e formular propostas sobre todos os assuntos relacionados com a juventude foi aprovada com apenas um voto contra e três abstenções, tendo obtido setenta e sete votos a favor em oitenta e um membros presentes.

Deste modo, não posso deixar de manifestar surpresa e perplexidade face às declarações do Sr. Presidente da CMB, Eng.º Jorge Nunes, que então afirmou:“Foi aprovada uma recomendação pela Assembleia Municipal para uma figura que juridicamente não existe” e que “o que os partidos devem fazer é, nas suas listas candidatas aos órgãos autárquicos, darem a oportunidade de renovação integrando muitos jovens”.

A exemplo daquilo que tem vindo a ser feito em muitos municípios portugueses, onde a iniciativa de criar instâncias de audição e representação da juventude local já demonstrou ser uma fórmula de sucesso reconhecido no contacto com a juventude e em consonância com a actual legislação relativa a esta matéria, a criação do Conselho Municipal de Juventude é uma oportunidade de identificação de soluções para os problemas dos jovens que por vezes passam despercebidos pelos canais clássicos de acesso aos poderes públicos e de reforço da participação cívica através das associações representativas dos multifacetados interesses dos jovens do concelho.

As afirmações do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Bragança ao afirmar que o Conselho Municipal de Juventude seria um órgão consultivo que não iria servir para nada e, que caberia aos partidos políticos integrar mais jovens nas suas estruturas, são mais um exemplo demonstrativo da Politica de Juventude (ou falta dela) defendida por este Executivo Municipal.

A filiação partidária é um direito constitucional e não uma obrigação, pelo que a ninguém pode ser imposta. Todos os jovens, independentemente integrarem ou não forças partidárias, têm direito de expor a sua opinião e exercem cidadania.

Mais recentemente, foi aprovada, promulgada e publicada em diário da Republica a Lei 8/2009, de 18 de Fevereiro, a qual vem precisamente ao encontro da recomendação feita pela Assembleia Municipal de Bragança, estabelecer o regime jurídico dos conselhos municipais de juventude, estabelecendo a sua composição, competências e regras de funcionamento. Ao contrário do que defendia o sr presidente da câmara municipal de Bragança., esta lei vem reconhecer os seus beneficios e potencialidades do CMJ, o qual passa a ser um órgão consultivo do município, de existência obrigatória e com um papel essencial na definição das politicas de juventude. Aí se dispõe que "os municípios que à data de entrada em vigor da presente lei não se encontrem dotados de um conselho municipal de juventude devem proceder à sua instituição, nos termos da presente lei, no prazo máximo de seis meses."

Os 6 meses passaram e encontram-se prestes a terminar, e, uma vez mais, no município de Bragança nada foi feito. Pelos vistos o sr. Presidente da Câmara Municipal mantém a mesma opinião e nada faz para cumprir a Lei.

Com este tipo de política o presidente da CMB demonstra mais uma vez a sua indiferença perante os inúmeros problemas que assolam os jovens no nosso concelho, recusando-se a ouvi-los. Ao presidente da CMB tanto faz que exista ou não participação cívica da juventude. Ao presidente da CMB não importa incutir valores democráticos na Juventude de Bragança e estimular que os jovens tenham uma palavra a dizer sobre as politicas municipais de juventude. Não admira, vindo de quem tem esta postura em face de uma recomendação aprovada por esmagadora maioria em Assembleia Municipal e, mais grave ainda, de quem ignora uma obrigação legal nesta matéria.

Não podemos aceitar esta opinião e omissão do Sr Presidente da CMB. Esta opinião apenas é compreensível e só se pode ficar a dever ao facto do sr presidente reconhecer a inexistência de politica municipal de juventude na CMB, relegando para os partidos a responsabilidade do executivo e reconhecendo não haver nada para discutir, pois da discussão apenas resultaria um rol de criticas a quem não gosta de ser criticado, ou então ao facto da criação do CMJ não ter grande visibilidade, e daí não advirem votos ou inaugurações, como gosta o sr. presidente!

Ao longo dos seus mandatos como presidente da CMB o Sr. Eng.º Jorge Nunes sempre ignorou os jovens do concelho de Bragança, sempre transmitiu o seu desinteresse por ouvir os seus problemas e preocupações. Os Jovens formam sempre remetidos para último lugar na lista das prioridades da CMB.

Os jovens merecem ser ouvidos Sr. Presidente! A Juventude do Concelho de Bragança, as suas opiniões conselhos e preocupações merecem outra consideração de Vossa Excelência ou, em alternativa, merecem um melhor Presidente da Câmara que esteja disponível para os ouvir!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Cântico Negro por João Villaret

Dez réis de esperança - António Gedeão

Dez réis de esperança

Se não fosse esta certeza
que nem sei de onde me vem,
não comia, nem bebia,
nem falava com ninguém.
Acocorava-me a um canto,
no mais escuro que houvesse,
punha os joelhos á boca
e viesse o que viesse.
Não fossem os olhos grandes
do ingénuo adolescente,
a chuva das penas brancas
a cair impertinente,
aquele incógnito rosto,
pintado em tons de aguarela,
que sonha no frio encosto
da vidraça da janela,
não fosse a imensa piedade
dos homens que não cresceram,
que ouviram, viram, ouviram,
viram, e não perceberam,
essas máscaras selectas,
antologia do espanto,
flores sem caule, flutuando
no pranto do desencanto,
se não fosse a fome e a sede
dessa humanidade exangue,
roía as unhas e os dedos
até os fazer em sangue.

António Gedeão

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Uma das melhores musicas de sempre - Imagine!

All you need is Love!

A Lei da Paridade

Numa altura de apresentação e apreciação de listas candidatas aos Órgãos das Autarquias Locais, muito se tem falado na muito propagada Lei Orgânica 3/2006, de 21 de Agosto, mais conhecida por muitos como Lei da Paridade.

Como muitos têm colocado a questão do cumprimento desta Lei por parte de algumas Listas candidatas, julgo pertinente fazer uma apreciação desta Lei, desde logo da sua fundamentação e justificação.

Dispõe o Artigo 1º da referida Lei Orgânica que "As listas de candidaturas apresentadas para a Assembleia da República, para o Parlamento Europeu e para as autarquias locais são compostas de modo a promover a paridade entre homens e mulheres."

Contudo, e não obstante se concordar com este principio, o Legislador entendeu ir mais longe, determinado expressamente uma percentagem de representação mínima de cada um dos sexos e fixando, inclusive, a forma de ordenação das listas em função dessa representação. Desta forma, dispõe o n.º 1 do Artigo 2º que se "Entende por paridade, para efeitos de aplicação da presente lei, a representação mínima de 33,3% de cada um dos sexos nas listas", ao passo que o n.º 2 do mesmo artigo fixa que "Para cumprimento do disposto no número anterior, as listas plurinominais apresentadas não podem conter mais de dois candidatos do mesmo sexo colocados, consecutivamente, na ordenação da lista."

Desta forma o legislador não se limita a promover a paridade, principio que á partida estaria correcto, mas impõe uma representação mínima para cada um dos sexos (33 %), e, não bastando tal representação, prevê que na ordenação das listas não pode haver mais de dois elementos do mesmo sexo de forma consecutiva, criando dois obstáculos á elaboração e ordenação de listas.

Assim, quem elabora e ordena uma lista tem uma dupla imposição legal que cria enormes dificuldades em alguns municípios e freguesias do país, pois não só tem de incluir nas listas uma percentagem mínima de representantes de cada um dos sexos como em de os ordenar por forma a que ambas as representações fiquem misturadas, pois o legislador não se limita a impor a inclusão da representação de ambos os sexos como determina expressamente a localização dessa representação nas listas candidatas.

Desde já se elogiará a opção do legislador na excepção consagrada na própria lei, prevendo que esta regra não é aplicável a listas para os órgãos das freguesias com 750 ou menos eleitores e para os órgãos dos municípios com 7500 ou menos eleitores.

Contudo, e não obstante este elogio e de se concordar com o principio previsto na lei e no incentivo à paridade, também se dirá que se discorda da regra prevista na Lei e das imposições por ela determinadas, por se entender que não é uma forma correcta e adequada de promover a paridade, mas que, pelo contrário, constituiu uma discriminação injustificada em função do sexo dos candidatos, impondo nas listas representantes de um determinado sexo apenas por serem representantes desse mesmo sexo e não pela sua qualidade, competência ou aptidão para o exercício do mandato ao qual se candidatam e pondo muitas vezes em causa o bom exercício desse mandato.

É certo que a CRP dispõe, na alínea h) do Artigo 9º, que a promoção da igualdade entre homens e mulheres é uma das tarefas fundamentais do estado. Mas também é certo que, na nossa modesta opinião, esta Lei não é uma forma de promoção de igualdade mas uma discriminação e imposição injustificada em função do sexo, violando o disposto no artigo 12º da mesma CRP que determina que "Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei." e "Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual."

Será que a Lei da Paridade não constituirá, na maioria dos casos, uma forma de discriminação e um beneficio injustificado em função do sexo, impondo que um determinado cidadão ou cidadâ fique ordenado numa lista á frente de outro apenas por integrar determinado sexo, não obstante ser menos capaz?

Precisará qualquer um dos sexos, para justificar a presença nas Listas, que a Lei o imponha? Será esta a maneira correcta de impor a presença de representantes de um determinado sexo? Não terá qualquer dos sexos representantes que justificam ou mereçam, só por si, ser integrados nas listas? Será que o interesse publico fica a a ganhar com aplicação da Lei da paridade e com a integração de pessoas em Listas sem terem qualquer aptidão para tal, apenas e só por serem de um determinado sexo? Será o sexo uma forma legitima de condicionar a livre escolha que é feita pelos partidos ou grupos de cidadão dos seus candidatos?

Entendemos que não.

Entendemos que qualquer dos sexos têm representes válidos e capazes que, por si só, pelas suas habilitações e competências merecem e justificam a sua inclusão nas listas, dispensando que a Lei assim o determine. Pelo contrário, entendemos que esta opção do legislador desvirtua a escolha que é feita das pessoas que integram as listas, condicionando essa escolha com um critério que em nada contribui para a credibilização da classe politica, um critério que inferioriza um dos sexos em função do outro, e que apenas de forma virtual e autoritária dá cumprimento ao principio pretendido pelo legislador e com o qual, como já dissemos, concordamos!

A escolha de elementos para integrar uma Lista, feita de entre os cidadãos elegíveis, é uma opção que apenas deveria ter como condicionante as competências dos candidatos e a sua adequação para um exercício do mandato ao qual se candidatam de uma forma correcta, séria e honesta e com qualidade. è certo que muitas vezes se escolhem aqueles que valem mais votos e não os mais capazes, mas esta é uma opção livre de cada partido ou grupo de cidadãos. Ao contrário, o legislador está a impor que, independentemente deste critério e muitas vezes ao arrepio dele, sejam incluídos representantes de cada um dos sexos, mesmo que, no limite, não existam representantes qualificados para tal! Ficará assim assegurada a qualidade do mandato se não ocorrer a situação mais comum, que consiste no facto de esses candidatos serem incluídos nas listas apenas e só para dar cumprimento a esta Lei e após a sua eleição renunciarem ao mandato, enganando-se assim o eleitorado, desvirtuando o sentido de voto do Povo com o patrocínio da Lei!

Como defendeu e bem Sua Excelência o Sr. Presidente da Republica, no veto com o qual brindou esta Lei, na sua primeira versão, ela constitui uma forma de condicionar os partidos cujos órgãos foram “democraticamente eleitos” fazendo com que não tenham liberdade de organizar as suas listas, uma séria restrição à organização das listas em eleições locais e no fundo, uma séria inibição da “liberdade de escolha do eleitorado, sem fundamento razoável, mediante a inclusão artificial e forçada em lugares elegíveis de candidaturas desconhecidas ou não desejadas, de um ou outro sexo”.

Contudo, ao contrário do que alguns desejavam, o incumprimento da Lei da Paridade não determina nunca a rejeição da Lista.

Em caso de incumprimento da Lei da Paridade, o mandatário da Lista é notificado para proceder à sua correcção, sendo que a não correcção das listas de candidatura nos prazos previstos na lei eleitoral determina a afixação pública das listas e a sua divulgação através do sítio na Internet da Comissão Nacional de Eleições com a indicação da sua desconformidade à lei, bem como a redução do montante de subvenções públicas para as campanhas eleitorais.

Esperemos que, no máximo em 2011, ano para o qual está previsto, nos termos da própria Lei a sua avaliação e reapreciação, a classe política do nosso país se consciencialize que esta não foi a opção mais correcta e, á semelhança de outros países europeus adopte outras formas de incentivo à paridade revogando esta Lei feita ao abrigo de um fundamento correcto mas implementada com uma forma de execução errada e desapropriada e que constitui apenas e só uma limitação desadequada e desproporcional à liberdade de escolha das candidaturas e de elaboração de listas, que em nada beneficia cada um dos sexos, não constituindo um incentivo à sua participação na politica, mas que, pelo contrário, constitui uma forma de descredibilização da politica e dos elementos de cada um dos sexos que aceitem integrar as Listas apenas e só com este fundamento!

Escolhas

Hoje acordei e pensei... Como vai a vida? Como vai o mundo?
Não sei, pensei e não descansei sem ver que a esperança é o ultimo reduto, o lado mais fundo do mundo e a ultima coisa a morrer!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Propaganda Politica
















Serão estes os cartazes que vamos ver por essas ruas dentro de um mês?



Se é esta politica que deseja para o seu país vote PSD! Se não pense bem e vote em consciência!



(Fonte: Kastico.blogspoot.com)

Portugal a Preto e Branco

Fonte: Kastico.blogspot.com

Gritos Mudos

Presidência da República teme estar a ser vigiada

O jornal Publico de hoje publica mais uma noticia na já longa campanha contra o Governo do PS e o seu primeiro Ministro. Segundo este Jornal (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1396571&idCanal=12) a Presidência da República teme estar a ser vigiada, apenas pelo simples facto de dirigentes do PS terem alertado para a colaboração de acessores de Belém na redacção do programa do PSD.

Alega a noticia em causa, com declarações atribuidas a um mebro da Casa Civil da Presidência da Republica que: "Como é que os dirigentes do PS sabem o que fazem ou não fazem os assessores do Presidente? Será que estão a ser observados, vigiados? Estamos sobre escuta ou há alguém na Presidência a passar informações? Será que Belém está sob vigilância?".

Será esta a única possibilidade passivel de ser ponderada? Será esta a única fonte possivel para a Informação? Não poderão os acessores em causa terem sido vistos publicamente com pessoas ligadas ao programa do PSD ou até, quem sabe, ter a fuga de informação partido do próprio PSD e de algum dos seus descontentes.... É um facto Publico e notório que a situação que se vive no PSD não é a mais favorável e os seus militantes não se encontram particularmente unidos em torno de uma Lider na qual não se revêem e que excluiu facções contrárias e, imagine-se, até manifestou publicamente o desejo de 6 meses sem democracia....

Vamos ver onde é que esta campanha do Publico contra o PS vai parar.... É pena que um jornal de qualidade como era o Publico se tenha transformado num jornal pior que o Correio da Manhã ou o 24 Horas.

Facto curioso é que, seguno a mesma noticia: "Este membro da Casa Civil do Presidente questiona o facto de dirigentes do PS afirmarem que houve assessores de Belém a reunir e a contribuir para o programa do PSD, lembrando que a vida privada de cada um só a si diz respeito. Admite mesmo que haja assessores de Cavaco que sejam amigos e privem com dirigentes do PSD, mas lembra que isso não é passível de ser politicamente usado."

Como diz o Povo, a mulher de César, não basta ser séria, é preciso parecê-lo, e o comportamento assumido por Belém, se o é, no minimo não parece e levanta suspeitas...
Cântico negro
José Régio

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?~

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

Férias e Politica

Terminou no dia de ontem o prazo de entrega de candidaturas às eleições para os órgãos das autarquias locais, as quais se irão realizar no proximo dia 11 de Outubro de 2009.

Não escondo a minha orientação politica, sou e serei socialista, como consta expressamente do meu perfil e não tenho qualquer receio de sofrer qualquer represália ou ser prejudicado pelo facto de assumir a minha orientação politica, ou qualquer ambição e esperança de por isso beneficiado.

A verdade é que ao contário da maioria dos jovens, que infelizmente não se interessam por politica e olham para os politicos com desconfiança, ainda acredito nas virtudes da politica e na dignidade e honradez de politicos que desinteressadamente servem o país sem qualquer ambição pessoal e apenas por serviço civico e de cidadania.

Neste sentido, procuro, a par da minha vida profissional, que me toma a maior parte do tempo, dar o meu contributo para a minha região, com alguma intervenção politica, estando sempre inteiramente disponivel para colaborar e para apoiar projectos que ofereçam credibilidade e se manifestem úteis para o País e para a minha região - Bragança.

É por isso que findo o prazo de entrega de Listas para os órgãos municipais não posso deixar de manifestar a minha preocupação pela manifesta falta de alternativas que as Listas candidatas aos Órgãos Autárquicos demonstram.

Em Bragança temos, por um lado, um presidente de Camara recandidato, em busca do quarto mandato, procurando perpetuar o marasmo no qual instalou a Cidade, apenas interrompido por alguns turistas e imigrantes no mês de Agosto, por algumas actividades que procuram, durante este mês, tapar com a peneira o sol da falta de vida e desenvovimento e a desertificação na qaul o sr presidente deixou cair a cidade e o concelho, não obstante a inauguração de novas "Avenidas", pra "Inglês ver" em cima de acto eleitoral.

Contudo, dos outros lados o cenário não é melhor, e assite-se a mais do mesmo, à repetição de erros passados e de nomes já muito ouvidos e falados. Em suma nada de novo, o que provoca neste eleitor uma enorme preocupação.

Onde está a tão propagada renovação das listas e rejuvenescimento da Politica?

Em suma, pode ser que nos proximos dias haja novidades, ou então que o resultado eleitoral demonstre mais uma vez verdades que todos pensam mas niguém tem coragem de dizer.

Intróito

Já há algum tempo que andava para iniciar um blog. Não penso saber mais que outros nem considero a minha ainda curta experiência um marco assim tão significativo que justifique o facto de considerar as minhas opiniões ou pensamentos dignos de serem registados.
Contudo tenho opinião e tenho experiências, pensamentos e acontecimentos que gostaria de partilhar com qualquer pessoa que visite este espaço. Ao longo dos próximos tempos procurarei fazer deste espaço um local de opinião livre e aberto, onde partilharei com todos os visitantes situações, opiniões e factos que considero se justifique.
Obviamente este não será um espaço isento pois está condicionado ao pensamento do seu único autor, eu próprio. No entanto fica uma promessa e um pedido: venham visitar-me e deixem as vossas opiniões e comentários. Procurarei receber de quem me vistar as suas opiniões, das quais prmeto dar nota sem qualquer censura, que não a miminamente exigivel e aceitável numa sociedade democrática.
Só assim penso eu estarei à altura do nome que escolhi para este Blog: Rol Testemunhal, um blog que como o próprio nome indica pretende ser uma lista de testemuhos pessoais que penso poderão agradar ou ser do interesse de alguns e que tenho a honra e o prazer de partilhar convosco.

Espero que gostem